Senhoras e senhores,
Eu costumo ser grata às redes sociais porque elas, por mais problemas que tivessem, me ajudavam a furar a bolha acadêmica em que eu estava metida. Primeiro foi o Facebook, depois foi o Twitter. Entre uma rede social e outra, alguns veículos foram me pedindo textos até eu ser empregada pela Gazeta do Povo e depender pouco das minhas redes sociais para distribuir os meus textos aos leitores. Foi tudo sem muito “QI”; foi na base do texto bom. (Para não dizer que não houve nenhum QI, foi importante ter um amigo para pôr num veículo tradicional o resumo do livro que lancei chamando o identitarismo de fascista.) Agora, porém, a internet mudou, e há um grande empenho em o lado EUA + OTAN em censurar a internet russa. Cheguei a traduzir um texto bom sobre isso para a Gazeta. O original em inglês, de Gladden Pappin, é de um Substack.
Pois bem: fora da Gazeta, passei a escrever para um veículo russo chamado Strategic Culture. O site é strategic-culture.su, domínio da Soviet Union. Nem o Facebook, nem o Twitter de Elon Musk deixam postar links. Aparece isso, ó:
Foi por isso, então, que criei o Substack: para poder distribuir os meus textos por este canal. Ainda não sei como funciona dinheiro aqui. Sei que vocês vão clicar no botão abaixo e talvez apareça coisa de pagar — mas não precisa pagar não, até porque nem sei como receber. A função do botão é colocar-vos na lista de email (do Substack, não dos russos) que vai receber um texto toda vez que eu escrever aqui (não no site russo).
Eu não sei das senhoras e dos senhores, mas eu não gosto de ter a caixa de emails lotada de Substacks. Assim, limito-me a escrever no último dia do mês explicando o que fiz da vida, isto é, quais textos escrevi. Mas se os senhores detestarem mesmo-mesmo-mesmo emails, podem simplesmente abrir o site da Strategic Culture às terças-feiras, nem que seja só a minha aba de autor, que é quando saem os meus textos em português (às quintas sai em inglês).
Prezada BRUNA FRASCOLLA, só em 14/06/2024 me dei conta de que você não está mais na GAZETA DO POVO (GP). Felizmente, os seus artigos lá publicados ainda podem ser acessados, via busca no Google. Não sei por que você não está mais lá. Mas... desconfio que devem ter sido seus artigos críticos ao Sionismo, a sua resenha elogiosa a ILAN PAPPÉ, e, demais disso, o seu não-alinhamento com a Ucrânia (não entendo como a linha editorial da GP pode apoiar o Desgoverno Biden nessa questão...) (De menor potencial, suas eventuais críticas ao Olavo de Carvalho.) Nos fios de comentários podemos constatar o quanto os leitores da GP (também sou) precisam evoluir para deixarem de ser "esquerdalhas com sinal trocado". Me trouxe um desalento muito grande não encontrar mais BRUNA FRASCOLLA na GP, mas estou muito feliz por reencontrá-la nesta plataforma, cuja existência desconhecia, mas me fez descobrir e redescobrir outros intelectuais, que para ela migraram em 2023. Logo estarei aqui como seu assinante, BRUNA !
A despeito do alerta de não precisar pagar, optei por dar suporte financeiro à sua iniciativa. Fica sob sua responsabilidade resgatar o que é seu por direito. Desejo-lhe muito sucesso nessa nova fase da vida. Que você conquiste seu espaço e o use para dar de si o que tem de mais rico: uma inteligência exuberante, favorecida por uma incansável sede de saber e por uma disposição para o estudo sério e comprometido com a Verdade.